A trilogia Millenium tem como seu primeiro título o livro
“Os homens que não amavam as mulheres”. Título forte, não? Foi isso que me fez
ler o livro.
Para quem não sabe, o livro foi publicado no Brasil em 2008
pela Companhia das Letras. Foi escrita pelo jornalista e ativista sueco, Stieg
Larsson, que faleceu em 2004 vitima de um ataque cardíaco. Na Suécia, a
trilogia Millenium só foi publicada entre 2005 e 2009, entretanto foi concluída
por Larsson em 2003.
Eu não sou muito fã de suspense, mas tenho que admitir que
estou encantada com esse livro, não pude desgrudar de suas 522 paginas (edição
econômica).
Tudo gira em torno de Mikael Blomkvist e Lisbeth Salander.
Mikael é um jornalista econômico, é um dos fundadores da revista Millenium que
está sendo acusado de difamação por ter divulgado uma reportagem contra o
empresário Hans-Erik Wennerstrom que se mostrou infundado. Após ser considerado
culpado, Mikael resolve se afastar da revistas, já que na atual condição, seu
nome poderia manchar mais ainda a reputação da Millenium.
Eis que recebe a proposta de Henrik Vanger, um senhor de 80
anos, milionários, dono das industrias Vanger que se encontra em um estágio
preocupante. A proposta de Henrik é a seguinte: Ele quer que Mikael escreva uma
biografia sobre a família Vanger, enquanto resolve um mistério que atormenta
Henrik a muitos anos, quem matou sua sobrinha Harriet Vanger?
A principio, Harriet tinha 16 anos quando desapareceu na
ilha que pertence a família Vanger. Nunca encontraram um corpo e Henrik jamais
desistiu de encontrá-lo, fez suas próprias buscas durante 40 anos.
No inicio, Mikael não achava que solucionaria esse mistério,
entretanto aos poucos foi juntando a pitas que ninguém havia encontrado antes e
começou a ver todo o mistério com novos olhos, até que precisou da ajuda de
Lisbeth Salander para solucionar o caso.
Lisbeth era uma moça bem reservada e uma hacker de primeira.
Muito inteligente e perspicaz, Lisbeth era a melhor quando se tratava de
pesquisas minuciosas e de invadir computadores. Ela e Mikael fizeram a dupla
perfeita tanto no caso Vanger quanto com Wennerstrom.
Eu poderia dizer que Larsson é a Agatha Christie sueco e
portanto escreveu uma ótima história baseado em um mistério e uma busca pela
verdade. O titulo se aplica muito bem ao livro, mas para entender, é preciso
lê-lo e pode ter certeza que não irá se arrepender e se surpreenderá com o
desfecho.